quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Histórico

Um sopro, uma brisa me chamando
Para a vida, a simplicidade no querer...
Eras tu, tão diferente dos outros,
Tão mais senhor de seus desejos,
Eu te escutava e sentia seus beijos...
Todos meus, todos quentes como os reais
E eram, pelo menos pra mim.
Um moço, destilando verdades,
Para me ensinar a viver
Do modo que sempre soube
E que não conseguia...
Era dia,
Mas se fazia noite para nós,
Nossos desejos, nossa vontade,
Um misto de libido e coragem,
Uma fome como se a muito
Fosse esperada, pressentida.
Aí veio a realidade e seus nós...
Nunca fui boa escoteira, te perdi,
Era cego, talvez inconstante,
Que mesmo em tão pouco tempo,
Doeu cara, doeu, e como...!
Leram nossa alma e gravaram
Nosso momento mais íntimo,
Desmascarados como meros ladrões
Que roubam o sossego do normal,
Do cotidiano...
Condenados fomos
E sem direito a advogado,
Nem justificativa, nem sentença,
Só o silencio me foi dado
E agora, meu coração, pobre coitado,
Cumpre pena, longe dos olhos teus.

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