terça-feira, 13 de novembro de 2007

Libido (foto de Kazuo Okubo)



Olhei teu corpo nu


Estirado como animal no cio,


Músculos e membros,


Numa devassidão


De abrir o apetite.


Rasguei meus pudores,


Meu linho branco manchou,


Teu rosto contorcido.


Um breve gozo,


Doze segundos de amor.


Bebi teu suco,


Provei tua pele.


De gato virei lebre,


Serva, sevil em tuas loucuras.


Me teve nua, crua, do avesso.


E com olhar travesso,


Virei saciada...


Mas teu corpo queria


Mais que o trivial,


Me teve em descanso anal


E sem perceber me acorrentou


Nas masmorras de tua sedução.


Para sempre tua,


Mister que chame


Meu nome e meu corpo


Será teu.




Me.

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