quarta-feira, 20 de junho de 2007

Ombro (foto de Francisco Fragoso)


Cara,
Isso passa!
O vento, os anos, as agruras,
Mesmo tua tristeza
É mera passageira,
Não tem passaporte
Para se estabelecer.
Um dia o amor,
Um dia a dor,
A sensação de inutilidade,
Frustração, adversidade...
Cara!
E as amizades?
Como um Picasso,
Belas, impávidas,
Restauradas do descaso,
Que jamais passam.
Os inimigos vão,
Graças aos céus...
Os sonhos, os cabelos,
A longevidade...
As vezes até a saudade
Passa, por que não?
Basta se fazer presente,
Como dor de dente
E anestesia, passa...
Cara,
Escuta tua amiga,
Tudo nessa vida passa,
O remédio é uma desgraça,
Uma chacoalhada e passa.
Só a morte não tem cura...
Por ora um beijo.





Me

Nenhum comentário: