sábado, 29 de setembro de 2007

Rascunho

Louco de mim,
Louco de página confusa,
Rascunho borrado,
Uma hipotenusa,
Um fraco.
Louco de ti,
Um parco gélido aceno,
Uma vontade de ser supremo,
Uma saudade, uma idolatria.
Sei que vou embora um dia,
Talvez mais cedo
Que os calendários mostram.
Talvez intempestivamente morta
Nas curvas que as estradas postam
Ou num choro de um corredor.
Louco de nos,
Que apostamos num sonho de vida,
Melhor seria mostrar a saída
E decidir se se quer ir embora,
E decidir se é a gente que chora,
Por sermos donos de nossas verdades,
Por puro medo ou pura vontade
De sermos mais.
Louco é Deus, se existir, é demente e egoísta
Quer nos traçar os seus pontos de vista,
Não nos deixa a opção de calar nossa voz.
Loucos de imagem e de semelhança,
Loucos de imagem e de semelhança,
Meras crianças que brincam em seus quintais.
Loucos normais,
Loucos, não mais...


Me

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