Em vida foste risos
Entre manhas e Choros
Um grito de socorro
E sempre te via
Numa agonia de salvar
Já bem precoce, ninar
Embalar, curar, orar, cuidar, amar...
Onde estás agora?
Quiçá esteja em flores
Plena de amores
Sabores e sonhos mil
Quizera estar contigo
Mas ainda tenho espinhos
Caminhos sem ti
Solitários ninhos
De minhas criações
Calvário de minha vez...
Se existe um Deus
Seja do teu lado
Pois aqui, coitado
Deve chorar todo dia
Pelo resultado de suas crias
E fugir para o paraíso
Longe dos malditos guizos
E perto do brilho das mortas mães...
Em vida te leria o "Guimarães"
Acompanharia longe o Solimões
Para festejar todas elas
Te dar uma rosa
Um dedo de prosa...
Um carinho...
Um beijo...
Quem dera...
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