domingo, 10 de agosto de 2008

pátria amada



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barreiras travam meus sonhos
arrebentam meus miolos
assombram meus ideais
animais
animais
corpos amontoados
em detrimento da vida
amaldiçoados nas valas
compridas
cadáveres desconhecidos
como uma guerra
de bombas e generais
absurdo
mundo que me deixa imundo
oriundo de esperança
medrosa feito criança
e me faz mal
e me açoita
e me estupra
me dá sede de sangue
me dá lama
como se vivesse num mangue
a fama dos quartéis
assassinando os meninos
pequeninos
pequeninos
que já tiveram mãe
hoje a madrasta
é que os pasta...
basta!
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