quarta-feira, 4 de julho de 2007

Morra comigo


Abra os olhos,

Olhe meu corpo impuro,

Eu te asseguro, é teu.

Toma tua cria,

Ser resultante de teu gozo,

Obstante ter sido ogro,

De maus hábitos,

Abusado, cheio de impropérios,

Numa rede de adultério,

Onde a felizarda fui eu.

Abra os olhos e veja

Minhas mãos na vagina úmida,

Tocando, pedindo, implorando

Pelas tuas, por teu membro,

Mesmo que de solavanco

Me maltrate, me mate

E assim morro de gozo,

E em gozo morro de vida,

E na morte peço socorro.

Me mate um pouco...

Meta-me, seja louco,

Mas seja meu.


Me
(foto: Diz-me. Diz-me outra vez teu nome. -Mariah-)

Nenhum comentário: